quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Dor de cotovelo

Hoje, depois de ler pela internet uma história pensei em como as pessoas sofrem, sofrem e penam com a antiguinha mas sempre na moda: dor de cotovelo (pensei também que algumas coisas não precisam ser postadas na net, mas fica pra outro momento)
A dor de cotovelo é democrática ataca todos: rico, burro, bonito, inteligente, legal, chato, depressivo ... todo mundo um dia foi afetado pelo cotovelo dolorido. E a dor de cotovelo é simplesmente o seguinte: você não é ou você não tem o que uma outra pessoa é ou tem. Simples e doloroso.
As vezes, pra mim ou pra você, a dor de cotovelo do amigo é tão insignificante que você se pergunta “ como alguém pode querer isso?” . Outras vezes, as pessoas propagam dor de cotovelo e aí vira uma pandemia nos perfis da internet, sites, frases no msn. Minha mãe conta que antigamente colocava no jornal, acredita? E aí a dor que seria apenas de um único cotovelo, ataca ouvidos, bocas, mãos, olhos e estômagos, pois tem coisa que causa enjôo.
Mas acho que a pior da dor cotovelo é quando se toma a dor que não é sua ... até aí tudo bem, mas tem pessoas que tomam tanto essas dores que elas se tornam compartilhadas como filhos de pais separados. Acho isso perigoso ... uma amiga da madrinha da minha vizinha tem uma amiga que, depois de seus finais tristes de casamento, namoros etc, fica amiga de ex .... e os que tomaram as dores? Os outros da guarda compartilhada? Ficam com o mico de pagar por anos um tipo de pensão: a parte mais injusta (para alguns) e dolorosa . Por isso, a dor de cotovelo sempre estará entre os clássicos e quando não somos nós ou alguém que amamos sofrendo .... ela se torna até divertida!

quarta-feira, 31 de março de 2010

O BLOG ESTA PARADO POIS ... POIS ... POIS... ANDO ESCREVENDO POUCO E VIVENDO MUITO!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Invento, logo existo

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Há tempos venho observando as gerações da minha família. Particularmente, numa luz única, que se encontra num escondido e esquecido quarto de costura na casa de duas das muitas mulheres que admiro. Já roubei até alguns móveis e objetos desse quarto, mas a vida e a beleza, não posso roubar. Mesmo porque tal beleza nem existe mais ... é uma beleza sincera e única: é a beleza da velhice.
Sim, a velhice é bela e única. A beleza na juventude é banal e comum: somos todos belos jovens, isso é incontestável. Agora, permanecer na beleza, na plenitude isso é para poucos ou para poucos olhares. Por exemplo: Buena Vista Social Club, existe beleza nesse grupo sem a velhice? Sem as posturas que só o tempo, por mais que ele seja cruel, traz? E quer coisa mais linda do que um senhor educado e gentil que usa calças de linho e um lindo chapéu (panamá de preferência)?
Há algum tempo, vi uma senhora e ela caminhava, maquiada, perfumada, vestia um bolero vermelho, sapatos baixos pretos e um colar de pérolas ... e como era bela, caminhava com elegância, cumprimentava as pessoas, era educada e como era bela em sua sutileza, educação e velhice. A mesma beleza das mulheres do quarto de costura escondido e esquecido (e são mais belas na luz das quatro horas da tarde).
Eu queria ter uma câmera, um gravador e algo que guardasse o cheiro daquele lugar que esta partindo aos poucos. Assim, quando eu sentir saudade delas e de tudo que vivi ali, posso voltar por um tempinho, só um tempinho.
Como é bela uma velhice que apenas traz em si boas recordações e fotos, fotos e sobrinhas que sentem saudades dos chás, da casquinha do pão caseiro, do esconderijo no guarda-roupa, do cheiro do café torrado, do som da máquina de costura, das cobertas, dos casacos feitos por elas, do crochê, das histórias, das viagens, da carne assada de domingo, da bronca, da gritaria misturando italiano com português, do doce de banana que só elas sabem fazer, do sorriso e das flores do jardim enorme que rodeia a casa ... só pessoas lindas e plenas plantam lembranças assim. E se um dia uma única pessoa se lembrar de mim dessa maneira, já valeu a vida e tudo que nela passei.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A sexta-feira a noite das mulheres solteiras

Uma sexta-feira a noite pode ser uma aventura. É o começo do final de semana, de novas possibilidades, de novas pessoas, de reencontros, de conhecer o verdadeiro amor, de alguns drinks, cervejas, cinema, teatro, boate, colocar uma roupa nova, enfim sexta-feira a noite pode ser uma aventura fabulosa, única e onde sua vida poderá mudar pra sempre.
E numa dessas sextas-feiras aventurosas as mulheres decidem limpar a casa. Porque, muitas vezes, é o único dia da semana que sobra pra tal função. A pessoa sai do trabalho concluindo que não existe a possibilidade de adiar a faxina da sexta-feira a noite.
Existem até truques e aliados da faxina noturna: comprar uma pizza, um litro de vinho (ou dois ). Uma boa seleção musical: surf music, Madonna (você pode até treinar uns passinhos) rock, trilha de filmes, Maria Bethânia, enfim, o que te inspire para lavar a louça, limpar o banheiro ou varrer o quarto. A roupa também é fundamental: é neste momento que você coloca aquela calça escondida no fundo do armário, a camiseta surrada da sua banda favorita, lenço, meia listrada (quando esta frio) enfim, você praticamente esta indo pra guerra onde ninguém te conhece (sorte sua!). Dica para esse momento: feche as cortinas pra não correr o risco de um vizinho interessante te ver nesse estado que, dependendo da altura da faxina, lembra os combatentes da I Guerra Mundial dentro das trincheiras.
Você pode lembrar de um antigo amor enquanto lava uma panela de molho e até chorar. Pode sim, porque, a faxina da sexta-feira a noite dá jeito até em alma penada e, dependendo da situação da sua garrafa de vinho e do astral da semana, você decide até mudar de emprego, de casa, de país ...
Neste momento aumente o som e cante, nada como cantar e cantar numa sexta-feira a noite, com uma camiseta do The Doors, descabelada, numa mão a garrafa na outra a vassoura. Mas fique longe da janela ...só por precaução.

domingo, 1 de março de 2009

Los muertos estan muertos

Da solidão

Estou há uma semana morando só. E diria bem só. Não tenho nem TV e nem internet. Logo eu que, se por um lado não assisto televisão .... digo, programas que passam na TV, por outro lado sou viciada em internet. Em alguns dias, a primeira coisa que eu fazia, depois de acordar, era ligar o computador, entrar no msn, ver e-mail’s, orkuts e alguma curiosidade. Era praticamente um vício. E aqui, no meu pequeno apartamento da parede cor ... cor roxa? Cinza? Uma cor que depende do dia, da luz e do humor eu não tenho acesso a internet. Aí comecei a procurar outras alternativas: ver no computador os filmes que ainda não tinha visto e rever alguns (não, não, não assisti ainda E o Vento Levou) e ler ... voltar a ler compulsivamente e apaixonadamente. Comecei a ler Milan Kundera ... A insustentável leveza do ser, que comprei em 1996 e na época li apenas algumas páginas. Um livro que deve ser sempre lido (Minha amiga Jô tem essa prática). Retomei até algumas leituras que tinha parado! E estou ouvindo muita música! Ouço música pra organizar a casa, pra cozinhar, pra tomar chá ou um chocolate quente e paro pra ouvir a música! Ao invés de tomar banho com o Boa Noite da Fátima eu escuto Jazz, Blues, Rock e até a Madonna.
Ficar longe das tecnologias não é tão ruim. Você tem mais tempo, tempo pra escutar música, pra ler, pra arrumar a casa, cozinhar, trabalhar tranquilamente e olhar pela janela. Aliás, fazia tempo que eu não parava pra olhar pela janela. Apenas olhar. Acho que vou adiar a compra da TV e a instalação da internet. Assim, posso ler os livros que ainda não li – alguns estão esperando há mais de 10 anos – ouvir os antigos e novos discos, aprender culinária indiana e, porque não, escrever algumas coisinhas.